terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ALCANÇAR AS ESTRELAS


Fiquei cego por olhar fixamente
Para o profundo e para o alto.
Por uma visão do alto e do profundo?
Quem não sopraría
Duas pequenas velas tremulantes
por um olhar apenas à aurora?
Dizem: "É pena que ele não possa ver as estrelas,
Nem os botões de flores nas campinas."
E eu digo: "É pena que eles não possam
Alcançar as estrelas
E ouvir os botões de flores.
É pena que não tenham ouvidos
Dentro de seus ouvidos.
É pena que não tenham lábios
Nas pontas dos seus dedos".

       

O QUE DIZIA O CÓRREGO


  Caminhava eu no vale,  quando irrompeu a alvorada, proclamando o mistério de um mundo imortal.
E um córrego que fluia no seu leito
Começou a cantar e dizer:
"A vida está no bem-estar:
Ela é objetivo e labor.
A morte não consiste em morrer:
Morte é a desesperança e a enfermidade.
O sábio não é sábio pelas palavras,
Mas pelo que se oculta nas palvras.
Gloriosos não é aquele que ocupa altas posições:
A gloria pertence aquele que renuncia ao poder.
E o nobre não o é pelos seus antepassssados:
Muitos nobres foram vítimas de seus antepassados.
O oprimido não é aquele que tem as mãos acorrentadas:
Uma corrente pode ser adorno mais lindo
Que um colar.
O paraiso não está nas recompensas recebidas:
No coração sereno, encontra-se o paraíso.
O inferno não é o castigo infligido:
A riqueza não é o dinheiro acumulado:
Muitos indigentes são mais ricos que os ricos.
Ser pobre não é motivo de humilhação:
A fortuna deste mundo é um alimento e uma veste.
A beleza não é o que  refletem os semblantes,
Mas, sim, a luz que ilumina os corações.
A perfeição não pertence ao virtuoso:
A virtude pode manifestar-se em certas trangressões."

Foi isto que disse aquele córrego
Ás rochas que guarnecem suas beiras.
Seriam essas palavras inspiradas
Pelos mistérios daqueles mares?

domingo, 20 de dezembro de 2009

AULA DE VÔO

"...não importa qual seja o poder de Deus, o primeiro aspecto de Deus jamais é o do Senhor absoluto, do Todo-Poderoso. É o do Deus que se coloca no nosso nível humano e se limita".


-Jaques Ellul, Anarchy and Christinity


-Se você quiser ir só um pouquinho mais fundo, poderíamos falar sobre a natureza da própria liberdade significa que você tem permissão para fazer oque quer? Ou poderiamos falar sobre tudo que limita a sua liberdade. A herança genética de sua família, seu DNA específico, seu metabolismo, as questões quânticas que aconteceram num nível subatatômico onde só eu sou a observadora sempre presente.

Existem as doenças de sua alma que o inibem e amarram, as influências, sociais externas, os hábitos que criaram elos e caminhos sináptico seu cérebro. E há os anúncios, as propagandas e os paradigmas. Diante dessa confluência de inibidores multifacetados-ela suspirou-, o que é de fato a liberdade?


sábado, 19 de dezembro de 2009

A TERRA


A terra se separa da terra, forçada e contrariada.
E a terra anda sobre a terra com orhulho e presunção.
E a terra constrói com terra palácios e fortalezas e templos.
E a terra inventa, com a terra, lendas e inciclopédias e códigos.
Depois, a terra se enfada com realizações da terra e passa a tecer, com as vibrações da terra, sombras e ilusões e sonhos.
Depois, o sono da terra vence as pálpebras da terra, e ela dorme profunda e eternamente.
por fim, a terra se dirige-se à terra, dizendo: "Sou o útero e o túmulo, e permanecerei útero e túmulo até que estrelas se apaguem e os sóis virem pó."

AL-GHAZZALI (*1)


 Entre Al-Ghazzali e Santo Agostinho, há uma ligação espeiritual. São ambos manifestações semelhante do mesmo princípio, apesar das divergências doutrinárias e sociais  que separam seus tempos e seus ambientes.
  Esse princípio é, no homem, uma inclinação que o eleva sucessivamente da matéria á razão e da razão á filosofia e a teologia. Abandonou Al-Ghazzali o mundo e as riquezas e a alta posição que nele possuía e entregou-se ao ascetismo, dedicando-se a pesquisar  aqueles fios delicados  que unem o mundo á religião, e a procurar o vaso misterioso onde se misturam os acontecimentos e as experiências com os sentimentos e sonhos.
  Assim havia procedido Agostinho cinco séculos antes dele. Quem lê suas confissões verifica que, para ele, o mundo e suas realizações são uma escada para consciências da existência suprema.

  Al-Ghazzali chegou, na minha opinião, mais perto da essência e do mistério das coisas do que Santo Agostinho.  Essa diferença talvez provenha da diferença entre as teorias científicas árabes e gregas que o primeiro herdou, e as pesquisas teológicas que ocupavam, os padres os padres  da igreja nos segundo e terceiro séculos após Cristo.
 Descobri também em Al-Ghazzali algo que faz  dele como um elo de ouro entre os antigos ascetas da ìndia e os teólogos dos séculos posteriores. Pois, nas inclinações de Al-Ghazzali, há algo das caraceterísticas dos antigos budistas, como há, nos escritos mais recentes Wiliam Blake e Spinoza, algo dos sentimentos de Al-Ghazzali.
   Goza Al-ghazzali  de alta consideração junto aos orientalistas e cientistas do Ocidente. Colocam-no entre os maiores filósofos do Oriente, ao lado de Avicena e Averóis. Os espeiritualistas do Ocidente consideram-no a expressão mais nobre e elevada dos valores do islã.
  Vi uma vez, numa igreja de Florença, na itália, a imagem de Al-Ghazzali esculpida entre as imagens dos filósofos, Santos e teólogos que a igreja considera como alicerces do templo na Idade Média. Achei fato bem curioso.
  Mais curiosos ainda talvez seja o fato de que os ocidentais sabem sobre Al-Ghazzali mais que nós. Traduzem-no e estudam suas teorias filosóficas e seus ensinamentos sufistas.
   Nós, por contraste, apesar de falarmos e escrevermos a sua língua, raramente o citamos ou estudamos. Porque nós só cuidamos de conchas, como se as conchas fossem o único produto que o oceano da vida empurra para as margens dos dias e das noites.







(*1) Al-Ghazzali  (1058-1111), mente essencialmente filosófica, passou 20 anos a procura da verdade até que escreveu então Al-Munkiz Min Ad-Dalal (Libertação do erro), cuja parte autobiográfica, na qual descreve o caminho de sua longa e dolorosa  procura, é ás vezes, comparada com As Confissões  de Santo Agostinho.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Saboreando a Dor


Não nada melhor, que libertar ou ser libertado, tenho fé em DEUS e sei que ele curará todas as feridas, sei quen confiante em um DEUS amoroso, sou capaz de reerguer, relembrar sem dor, sem auto-piedade e comiceração, sei que já não a amava mais, mas o ego não permite aceitar a perda de alguem Hó!!

talvez me sinta melhor a cada dia tenho me sentido vai ser facil esquecer!

Na real não sei oque escrever, já abri mão não quero mais saber dela, mas fica uma sensação ruim e algumas lembranças, emfim é o fim Glória a Deus e Cristo seja louvado fui libertado do seu rancor pois sua mascára caiu!!!

ONTEM, HOJE E AMANHÃ


Disse a meu amigo: "Olha-a abraçada a ele, e ontem estava abraçada a mim."
Retrucou: "E amanhã estará abraçada a mim."
Disse: "Observe-a sentada ao seu lado. Ontem, estava sentada a meu lado."
Retrucou:  "E amanhã, estará sentada ao meu."
Disse: "Não a vês, bebendo o vinho na taça dele? Ontem, estava bebendo na minha taça."
Retrucou: "E amanhã estará bebendo na minha."
Disse: "Vê como o olha com amor. Ontem, estava olhando-me assim."
Retrucou: "E amanhã será a mim que olhará."
Disse: "Ouve. Ela canta no seu ouvido as canções da paixão. Ontem, cantava-as para mim."
Retrucou: "E amanhã, cantá-las-á para mim."
Disse: "Olha. Ela o está beijando. Ontem, beijava-me."
Retrucou: "E amanhã, beijar-meá."
Disse: "Estranha mulher!"
Retrucou: "É como a vida, possuida por todos; e como a morte, vence a todos;  e como a eternidade, abraça a todos."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A MÁGOA DOS VELHOS


Ó tempo de amar, a mocidade declinou,

E os anos desapareceram
Como uma sombra que se recolhe.
O passado apagou-se qual uma linha
Escrita pela ilusão sobre papel umedecido.
Nossos dias ficaram a mercê do sofrimento,
Num mundo avarento de alegrias.
O que amamos pereceu no desespero,
O que desejamos, enfadado, se afastou.
Tudo que possuimos se perdeu,
Como um sonho entre a noite e a manhã.
Ó tempo de amar, poderá a esperança
Na imortalidade da alma
Consolar na recordação do passado?
Poderá o sono apagar o vestigio dos beijos
Em lábios que se cansaram as facedas rosadas?
Ou o enfado fazer nos esquecer
A embriaguez da união
E as provocações da recusa?
Ou poderá a morte ensurdecer o ouvido
Que guarda os gemidos da tirania
E as melodias do silêncio?
Ou a sepultura cerrar os olhos Que contemplam os mistérios do além
E os segredos indevassáveis?
Quantas vezes bebemos em taças Que resplandeciam como luzes de fogo!
Quantas vezes sorvemos lábios
Que cingiam a beleza á doçura!
Quantas vezes declamamos versos,
Até fazer chegar às estrelas no firmamento
As vozes de nossas almas!
Todos aqueles dias se foram como as flores,
Ao cair da neve, no inverno,
E o que as mãos do tempo nos deram com generosidade,
Surrupiaram-no as mãos da desventura.
Se soubéssemos,
Nunca teríamos deixado passar uma noite
Entre o sono e o adormecimento.
Se soubéssemos, nunca teríamos deixado um olhar perder-se entre a inércia e o despertar.
Se soubéssemos, nunca teríamos deixado um instante
Do tempo de amar decorrer na separação.
Agora sabemos, mas só quando a alma já bradou:
"Levantai-vos e ide embora."
Agora ouvimos e recordamos,
Mas só depois que a Sepultura nos chamou,
Gritando: "Aproximai-vos".

domingo, 13 de dezembro de 2009

ADIVINHE QUEM VEM PARA JANTAR

"Rotineiramente desqualificamos testemunhose exigimos comprovação. Isto é, estamos tão convencidos da justeza de nosso julgamento que invalidamos provas que não se ajustem a ele.
Nada que mereça ser chamado de verdade pode alcançado por esses meios".
-Marilyne Robinson, The Death of Adam
Há ocasiões em que optamos em por acreditar que algo que normalmente seria considerado irracional . Isso não significa que seja mesmo irracional, mas certamente não é racional talvez exista a supra -racionalidade: a razão das definições normais dos fatos ou da lógica baseada em dados. Algo que só faz sentido se você puder ver uma imagen maior da realidade. Talvez seja ai que a fé se encaixe.

A GRANDE TRISTEZA



"A tristeza é um muro entre dois jardins".
-Khalil Gibran
"A alma é curada ao estar com crianças".
-Fedor Dostoieviski

A ESCURIDÃO SE APROXIMA

"Nada nos deixa tão solitários quanto nossos segredos".
-Paul Tounier

UMA CONFLUÊNCIA DE CAMINHOS


" Duas estradas se bifurcam no meio da minha vida,
ouvi um sábiodizer.
Peguei a estrada menos usada.
E isso fez toda a diferença cada noite e cada dia"
Larry Norman (pedindo desculpas a Robert Frost)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MINHA ALMA ESTA SOBRECARREGADA DE FRUTOS

Minha alma está sobrecarregada de frutos. Haverá famintos que queiram colhê-los e comer e satisfazer-se?

Não existirá entre os homens um jejuador magnânimo que queira romper seu jejum com meus frutos e aliviar-me do peso da minha fertilidade e abundância?

Minha alma está esmagada sob o peso do ouro e dos presentes. Não haverá entre os homens quem queira encher os bolsos?

Minha alma está transbordante com o vinho dos séculos. Não haverá sedentos que queiram aproximar os copos beber e saciar-se?



Eis um homem de pé na encruzilhada dos caminhos.

Estende aos tanseuntes mãos carregadas de jóias, rogando-lhes: " Tende pena de mim, tomai das minha jóias ."

Mas os transeuntes passam sem olhar.

Oh, pudesse ele ser um mendigo a estender aos homens uma mão trêmula e a recolhê-la vazia ! pudesse ser um cego paralítico a quem niguem presta atenção!

Eis um emir liberal, que armou suas tendas nos confim do deserto e das montanhas. cada noite acende o fogo da hospitalidade e manda seus servidores vigiarem as estradas e lhes trazerem um hóspede que ele possa homenagear. mas as estradas são avaras e não lhe enviam ninguém.

Oh, pudesse ele ser um mendicante menos prezado! pudesse ser um vagabundo errante que percorre o país com cajado na mão e um cesto pendurado no braço, e se reúne, à noite com outros vagabundos, com quem partilha o pão e a amizade !

Eis a filha do grande rei. que acordou do seu sono.

Deixouo leito,vestiu-se com brocado, pôs suas jóias e perfumes, e saiu a passear no jardim, á espera de seu bem amado.

Mas niguém ama a filha do rei na imensidão dasterras de seu pai.

Oh, pudesse ela ser filha de um pastor, que sai pela manhã com o rebanho do seu pai e volta no entardecer com a poeira das estradado nos pés e o perfume dos vinhedos nos vestidos, e que, quando cai a noite, e os vizinhos estão dormindo, esgueira-se secretamentepara onde a espera seu amado.

pudesse ser uma freira num covento a queimar seu coração em incenso que o vento espalha ou ao acender sua alma em velas que elevam sua luz ao éter ou a ajoelha-se e recitar oraçõesque fantasmas carregam até os depósitos onde o tempo guarda orações dos adoradores, lado a com a ansiedade dos enamorados e os pesadelos dos solitários!

Sim! Tudo seria melhor para ela do que ser a filha do grande rei, quando não há no reino de seu pai alguém que a ame.

Minha alma está sobrecarregada com seus frutos. Não haverá no mundo um faminto que queira colhê-los e comer e satisfazer-se?

Minha alma está transbordante com seu vinho. Não haverá um sedento que queira encher o copo e beber e saciar-se?

Pudesse eu ter sido uma árvore estéril! pois a dor da fertilidade. E a amargura do rico de quem aceita é pior que a de um pobre a quem nada se dá.

Pudesse ter sido eu um poço vazio no qual os transeuntes jogam pedras. Pois isto seria mais tolerável do que ser uma fonte límpida, pela qual os sequiosos passam sem beber.

Pudesse ser um caniço lançado ao chão. Isto seria melhor que ser uma harpa com cordas de prata numa casa cujo o dono tem os dedos cortados e cujos outros habitantes são surdos!

Ó FILHOS DE MINHA MÃE



Ó filhos de minha mãe, se Suad regressar


E indagar sobre este apaixonado melancólico,


Contai-lhe que os longos dias de asusência ,


Apagaram no meu coração aquele fogo,


Deixando só cinzas onde havia chamas,


E consolação onde havia sofrimento.


Se ela se irritar não vos irriteis;

E se sorrir, não estranheis:

Assim são todos os enamorados.


Ai de mim seria possivel retornar o passado?
Ou voltarem os amigos queridos?
Ou acordar minha alma do seu sono
Para mostrar-me a face do meu passado pavoroso?
Escutaria setembro as melodias da primavera,
Tendo as folhas do outono amontoadas sobre ele?
Não. Não há ressureição para meu coração,
Assim como nunca florescerá a madeira do ataúde.
Nem a mão do jardineiro devolverá a vida ás flores,
Após havê-las decepado com a foice.


Meu espírito envelhecceu dentro do meu corpo,
E nada mais vê além das sombras dos anos.
Quando os desejos despertam dentro de mim,
É sobre a bengala de minha paciência que se apoiam.
Minhas esperanças se curvam e avelhentaram
Antes de eu ter alcançado a casa dos quarenta.
Este é o meu estado.
Se minha amada perguntar de que mal foi acometido,
Dizei-lhe: " De demência ".
E se acaso, indagar se meu mal é curável,
Respondei-lhe: "A morte cura-rá."

Solitário No Meio da Multidão


É as vezes fico me sentindo assim só, solitário no meio da multidão, mesmo cercado de amigos, pessoas inigualáveis não consigo, superar cansaço a fadiga do dia á dia, nos momentos incomuns da saudade, do apreço, do medo do novo, do sentimento que renasce, da vida que brota no peito, mas basta durmir na cabana para descobrir as respostas; e amanhã será um dia muito melhor.

Jorge Zaidan *1

Zaidan morreu. E sua morte foi grande como sua vida, imponente como sua obra.
Dormiu o grande pensador. Em volta do seu leito, paira agora uma quietude que inspir respeito e se eleva acima do pesar e das lágrimas .
Libertou-se aquela alma bondosa, indo-se para um um mundo que presentimos sem o compreender. Sua partida - como toda partida -encerra uma lição para nós que permanecemos submissos aos dias e as noites.
Libertou-se o trabalhador consciencioso das fadigas do trabalho e, envolto no manto da glória, foi-se para ondenão há trabalho nem cansaço. Mas, sefoi transferido para um dos planetas do espaço, deve estar agora ocupado com o bem estar de seus habitantes, aplicado em catalogar-lhes conhecimetos, fascinado pela beleza de sua história, determinado a adquirir a sua língua.
Assim foi Zaidan: um pensamento sustentado pelo entusiasmo, que só encontra satisfação no trabalho, uma alma sedenta sempre acordada, um coração generoso feito de ternura e altruismo.
Se esse pensamento sobrevive na razão universal, deve estar agora trabalhando com razão universal. E se essa alma continua a existir nas leis eternas, está agora colaborando com elas. E se esse coração tem algo da perenidade de Deus, deve arder agora pelo Fogo de Deus.
Assim foi a vida de Zaidan: uma fonte que brotou do coração da existência e tranformou-se num rio de àguas límpidas que regava as plantações nas duas margens do vale.
O rio atingiu o mar. Que parasita teria audácia de cantar elegias sobre seu tumulo?
As elegias e as lamentações são feitas para aqueles que visitam o altar da vida e depois vão embora sem verter nele sequer uma gota de sequer do suor de sua fonte ou do sangue do seu coração Não passou Zaidan 30 anos vertendo suor de sua fronte e o sangue de seu coração? E há entre nós quem não tenha se tenha aproveitado daquele manancial luminoso e suave?
Quem quiser, pois, homenagear Zaidan, que dirija à sua alma hinos de agradecimetos e gratidão, não lamentações e elegias. E quem quiser glorificar-lhe a lembrança, que tire proveito dos tesouros de conhecimentos que Zaidan reuniu e legou ao mundo Árabe.
Não procureis dar ao grande homem. Tomai dele. É assim que lhe perpetuareis o nome.



*1 Jorge Zaidan (1861-1914), lioterato libanês que se estabeleceu no cairo onde fundou uma revista mensal de assuntos gerais, que teve fama em todo o mundo Árabe: Al-Hilal. Historiador, deixou dezenas de livros que focalizam especialmente a civilização e a literatura árabes. Foi tabém um pioneiro no romance histórico, com dramas inspirados nas grandes épocas do islã.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O MELRO *1



Canta, melro, canta



O canto é a essência da existência.
Pudesse ser como tu
Livre das correntes e dos cárceres!

Pudesse ser como tu,
Um espírito que esvoaça no céu do vale,
Bebendo a luz como vinho,
Numa taça de éter.

Pudesse ser como tu,
Puro conformado e satisfeito,
Indiferente ao que virá,
Esquecido do que se foi.
Pudesse ser como tu,
Abrindo as asas ao vento,
Para serem adornadas pelo orvalho.

Pudesse ser como tu,
Um pensamento vagando acima das colunas,
Vertendo seu canto
Entre a floresta e o céu.

Canta, melro, canta
Para atenuar minhas tristezas.
Em tua voz há uma melodia
Que penetra até o ouvido de meu ouvido.



*1 Este e outros poemas que fazem parte deste livro foram traduzidos com a colaboração do poeta Joseph I. Cury.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

ISOLAMENTO E SOLIDÃO



A vida é uma ilha num mar de isolamento e solidaõ.




A vida é uma ilha. Suas rochas são suas aspirações.


Suas arvores são seus sonhos. Suas flores são sua saudade. Suas Fontes são sua sede.


Tua vida, meu irmão, é uma ilha separada de todas as outras ilhas e de todos os outros continentes. E não importa quantos navios envies ás outras costas, e não importa quantos delas recebas, tu permaneces a mesma ilha, isolada na suas tristezas e alegrias, distante na sua nostalgia, desconhecidas nos seus segredos e mistérios.


Vi-te, meu irmão sentado sobre um montículo de ouro, feliz, orgulhoso, supondo que cada punhado de teu metal precioso é uma fibra invisivel quel iga teu pensamento ao pensamento dos outros dos e tuas inclinações as suas. E vi-te, conquistador, invencivel, ocupando cidades forticadas e posições estratégicas. Depois olhei novamente para ti e vi, atrás de teus cofres repletos, um coração atormentado pela solidão e o isolamento, qual um passáro aprisionado numa gaiola de ouro sem água.

Vi-te Sentado num trono rodeado, por suditos leais que exaltam tua potência e tuas liberalidades, e olham para como profeta capaz de levar suas almas a passear pelas estrelas. E vi-te no meio deles, realizado e eufórico, compenetrado do sentimento de tua superioridadecomo se fosse o espírito e eles, o corpo.

Depois olhei novamente para ti e vi teu Eu solitário de pé ao lado de teu trono, o rosto mortificado pelo exílio e a separação. Estendia a mão da solicitaçãoa fantasmas invísiveis. E seu olhar procurava, acima das cabeças dos presentes, uma pátria longiqua, feita de seu isolamento e solidão.

Vi-te, meu irmão, dominado pelo amor de uma mulher a quem oferecias teu coração e teus beijos, enquanto ela te olhava com ternura e com doçura da maternidade.

Disse, então de mim para mim: "O amor salvou esse homem da solidão e ligou-o novamente á alma do Universo, de quem a saudade o separara."

Depois olhei novamente para ti e vi, dentro de teu coração apaixonado, outro coração solitário que almeja revelar seus esconderijos á mulher amada, mas não consegue; e vi, atrás de tua alma isolada que, tal qual nuvem, deseja transforma-se em lágrimas sobre o rosto da amada, mas não o pode.

Tua vida, meu irmão é uma casa afastada de todas as outras casas, onde vive teu eu verdadeiro, bem diferente das aparências que o homens chamam com teu nome.

Se essa casa for escura ou vazia. não poderás iluminá-la com lâmpadas de teu vizinho nem enchê-la com os seus bens. E se estiver no deserto, não a poderás tranferir para um jardim plantado por outros, e se estiver no pico de uma montanha, não poderás abaixá-la para um vale onde os caminhos foram abertos por outros pés.

Nossas vidas interiores, meu irmão. são rodeadas pelo isolamento e a solidão. Sem eles, tu não serias tu e eu não seria eu. Sem eles, confundirias tua voz com minha voz, e quando olhasses no espelho, não saberias se estavas vendo-te a ti mesmo ou a mim.

Qual é a melhor forma?




Muitas pessoas vem dão conselhos explicam dividem suas experiências, mas a dor é inevitavel, as vezes reagimos de uma maneira inadequada ao fato que nos causa dor.
Mas qual é a maneira certa de lidar com sentimentos de frustração, ou até mesmo qual é a maneira me diga, as coisa não saem conforme os nossos planos, mas quando estamos buscando uma qualidade de vida melhor uma maneira de andar na contramão do mundo, as pessoas se afastam eu encontrei essa maneira de lidar comigo mesmo, com as minhas derrotas e vitórias.
Quero ter vida plena muito mais que só diversão e prazer pois, o prazer passa e o vazio retorna, quero uma vida plena em direção de DEUS, ao amor verdadeiro e espiritual.
Pela crença Budista tibetana acredita-se que as pessoas já viveram tantas vida que todos um dia já foram nossas mães, e nossos filhos e pregam que deveriamos tratar a todos os seres como se fossem nossas mães.
Sinceramente essa filosófia, já não pode mais ser seguida pois vejamos atualmente como os filhos tratam as mães, o ser humano está deplorável e sua alma está degradando, todos querem um compridinho, da felicidade, ou um golinho de paz, durma bem a noite quando for durmior com sua consciência tranquila pois nada traz paz e felicidade se não for a completa redenção a uma modo de vida que não prejudique os outros que não torne os outros infelizes somos únicos, e bem sei que não podemos controlar os fatos agora que tudo já ocorreu assim que já não estou mais tão transtornado posso limpar as lagrimas dos olhos e perceber que bnão sou tão mal e que não estava tão errado talvez só quiseze ser tratado um pouco melhor, quero trazer um pouco mais de luz para esse mundo é só oque me importa, fazer as pessoas felizes é uma missão que DEUS me ajude a cumpri-lá

AVICENA E SEU POEMA *1





Nehum poema antigo corresponde mais ás minhas inclinações espirituais do que o poema de de Avicena sobre a alma.



Nesse poema sublime, escreveu o velho pensador versos que exprimem o que há de mais profundo em nosso pensamento e de mais distante em nossas aspirações. Exprimem também a esperança e as dúvidas sugeridas pela procura.






Não é de estranhar que tal filosofia tenha expressa por Avicena, o gênio de seu tempo. oque é de estranhar é que tenha nascido na mente de um homem que passou a vida pesquisando os segredos do corpo. como se tivesse chegado a alma pelo caminho do corpo é a prova de que a ciência é a vida da mente. que por ela o homem se eleva das experiências palpáveis, e dai á intuição espeiritual, e depois, a Deus.



O leitor encontre na obra dos grandes poetas Ocidentais trechos esparsoso que evocam o poema de Avicena. Nas tragédias imoratais de Shakespeare, há versos que não diferem, pelo sentido, destes versos de Avicena:






Chegou a ti, contrariada.



E agora separe-se de ti.



contrariada e chorando.



E algo em shelley que lembra os seguintes versos:



Dormiu e viu através das cobertas



o que os olhos não vêem



quando estã abertos.



E há em Goethe algo que lembra estes versos:



voltou sabendo que tudo está escondido



nos dois mundos.



Suas feridas não sararam.



Enfim, há na obra de Browten o que equivale aos seguintes versos:



É qual um raio



que brilhou no espaço



e depois se apagou



como se não tivesse brilhado.



Avicena precede todos eles de muitos séculos , e pôs num só poema imagens inspiradas a poetas diversos, em épocas diversas. E isto faz dele o maior gênio de seu tempo e dos posteriores e faz de seu poema A Alma o poema mais nobre, escreito sobre o assunto mais nobre.















1* Avicena (em árabe Ibn Sina) (980-1032), filósofo e médico muito influente na sua época e nas épocas seguintes, é celebre tantos pelos seu trabalhos médicos como pelos seus trabalhos filosóficos. Seu Tratado de Medicina foi ensinado durante séculos na Europa. Seus trabalhos filosóficos mais celebres são A Cura - isto é a cura da alma dos seus erros, e Demonstrações e Afirmações. O poema de que fal Gibran pertence á Cura.

UM PUNHADO DA AREIA DA PRAIA *1


A melancolia do amor canta. A melancolia do saber fala. A melancolia do desejo murmura. A melancolia da pobreza chora.


Existe uma melancolia mais profunda que o amor, mais nobre que o saber, mais forte que o desejo, mais amarga que a pobreza. Mas é muda. não tem voz. seus olhos, contudo, brilham como duas estrelas.


Quando te queixas de uma desgraça a um vizinho teu, entrgas-lhe parte de teu coração. Se ele for grande,agradecer-te-á. Se for pequeno, menosprezar-te-á.


O progresso não consiste em melhorar o que é, mas em marchar para oque será.


A miséria é um véu que esconde traços do orgulho.

A solicitação é uma mascára que esconde o rosto do infortunio.


Quando o selvagem sente fome, colhe um fruto da árvore e o come. E quando o civilizado sente fome, compra um fruto de quem o comprou de quem o comprou de quem o comprou de quem colheu a arvore.


A arte é um passo do conhecido visível para o desconhecido invisivel.


A terra respira: nascemos. Pára de respirar: morremos.


O olho do homem é um telescópioque lhe mostra o mundo maior do que é.


Cada vez que penetrie no esconderijo de um homem, considerou-me seu deverdor.


Renego o homem que considera o atrevimento, coragem e cordialidade, covardia.


Renego tabém quem confunde loquacidade e saber, silêncio e ignorância, preciosismo e arte.


Quando mostramos as dificuldades que nos impedem de realizar um empreendimento, mostramos meios de realiza-lo.


Dizem-me: "se encontrares um escravo adormecido, não o acordes: Talvez esteja sonhado com a liberdade.


Respondo: "se encontrar um escravo adormecido, acordo-o e falo-lhe da liberdade."


A contradição é a Manifestação menos inteligente da inteligência.


A beleza comum nos aprisiona. A beleza superior nos liberta até si mesma.


O entusiasmo é um vulcão nas margens do qual não brotam as ervas da indecisão.


O rio continua a correr para o mar, mesmo quando a roda do moinho está quebrada.


O escritor foi confeccionado com pensamento e sensibilidade. Depois outorgaram-lhe a palvra. O pesquisador foi confccionado com palavras. Depois deram lhe um pouco de pensamento e sensibilidade.


Comes depressa e andas devagar. Pudesses comer comteus pés e andar sobre tuas mãos!


Cada vez que tua alegria ou tua tristeza se avolumam, o mundo se torna pequeno pra ti.


O saber faz germinar tuas sementes, mas não cria sementes em ti.

Só odiei para usar o ódio como arma de defesa. mas se não fosse fraco, não precisaria desse tipo de arma.


se o avô do avô de Jesus tivesse sabido oque escondia na sua pessoa, ter-se-ia inclinado respeitosamente diante de simesmo.


O amor é uma felicidade que treme.


Considere-me intuitivo e penetrante porque os vejoatravés da rede da joeira.


Nunca senti a dor da solidão até que o homens começaram a elogiar meus defeitos falantes e a depreciar minhas qualidades silenciosas.


Entre os homens. há assasinos que nunca verteram sangue, e ladrões que nunca roubaram, e mentirosos que nunca disseram uma mentira.


A verdade que prescisa ser demonstrada é meia verdade.


Afastai-me da saberdoria que não chora e da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina diante das crianças.


Ó universo racional, escondido atrás das aparências dos seres, que existes pelos seres, nos seres, tu que me ouves por que és meu presente e me vês por que és minha visão suprema, joga em minha alma uma semente de tua sabedoria, para que brote e cresça e se torne árvore na tua floresta e produza frutos pra ti. Amém.





*1 Muitos dos ditados deste capitulo foram traduzidos para o inglês pelo próprio Gibran e incluidos no seu livro areia e espuma (1927).

SETE VEZES MENOSPREZEI MINHA ALMA *1


Sete vezes menosprezei minha Alma:

Quando vi aparentar humildade para conquistar a grandeza.

Quando a vi coxear na presença dos coxos.

Quando lhe deram a escolher entreo fácil e o dificil, e escolheu o facil.

Quando cometeu um crime e consolou-se com idéia que os outros tabém cometem crimes.

Quando aceitou aceitou a adversidade por covardia e atribui sua aceitação á fortaleza.

quando desprezou a fealdade de uma face que não era, na realidade, senão uma de suas próprias máscaras.
Quando considerou uma virtude elogiar e glorificar.


*1 Este texto foi aproveitado por gibran no seu livro O Jardim do Profeta, completado e editado por Barbara Young em 1993,dois anos após a morte de Gibran.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

UM VINHEDO

Neste Mundo insano que paira minha mente resolvi não mais lamentar ou sequer sofrer por fatos decorridos da psique humana da minha psique enfim vou contar um pouco do que encontrei, me indentifiquei e espero as pessoas que vierem a ler se indentifiquem também, se alegrem ou choram, dancem , beijem amem a todos como eu amei.
UM VINHEDO À BEIRA DA ESTRADA
Mikail Naaime o autor deste livro, é um filosofo autêntico: pensa como filósofo, e vive como filosofo.
Nascido no Líbano em 1889, foi completar seus estudos em Moscou e, mais tarde, instalou-se em Nova Iorque onde ganhou algum dinheiro no comércio e uma invejavel fama literária graças a artigos e livros que, publicados em Árabe na metrópole norte americana, projetavam seu nome em todos os países àrabes.
Era amigo e conpanheiro de Gibran. Sonhavam, juntos abandonar a luta e a sociedade para se entregar a vida simples e bucólica em algum recanto da montanha do Lìbano.
Gibran Morreu sem realizar este sonho .
Naaime o realizou. Vive há mais de 25 anos numa casa de campo isolada, nas encostas do Monte Sanin, pondo em prática oque ele prega espirito lúcido e meditativo, dotado dotado de um estilo nervoso e límpido, já publicou trintena de livros, nos quais predominam as meditações filosóficas e os conceitos sobre o homem e a vida.
Seu livro Um vinhedo à Beira da Estrada
-isto é, um vinhedo que oferece seus frutos- é uma coletânea de aforismos e pensamentos, escritos com imagens e parábolas cativantes, na melhor tradição do estilo oriental. pode ser comparado ao livro de Gibran Areia e Espuma.
Amostra: "Que pensas disto?" Se Eva voltasse ao Jardim do estenderia a mão uma segunda vez à árvore do Bem e do Mal?"

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A 1ª


Lembro - me que em meados de 1985 á 86 foi a primeira vez que conheci este tipo de obssesão pelo menos é a primeira vez que me lembro, não me recordo exatamente, se ela era uma Deusa ou um Demônio disfarçado de Anjo, Pois era Lilith a lua tranformada em mulher meu ansejo por ela agora está somente na memória já não vivo apenas sobrevivo, e cada vez me torno mais forte a cada dor superada só sei dizer que deveria ter começado a escrever muito antes.


mas não comecei a escrever apenas agora e não sei se minha memória ajudará e reescrever todos esses remorsos mas pretendo manter este blog atualizado espero que alguem se indentifique com a dor, das coisas que perdemos pelo caminho, das pessoas que deixamos ou nos deixaram em algum ponto da estrada, que alguem consiga sentir, por que viver sem sentir dor ou alegria não é possivel ou talvez seja?
Sei apenas que alguns sentimentos passam mudam e com eles mudamos também quando algumas coisa terminam outras começam ou recomeçam cada ciclo bem vivido é um história pra contar gostaria de ter em mãos todos os cadernos e poemas que joguei fora mas isso não é mais possivel então me contento em resgatar da memória e tentar descrever o melhor possivel.
Não sei por que o amor acaba porque o desejo diminui, muito menos o por que da falta de amor no mundo de onde vem o ciumes o sentimento de posse a cada queda, a cada derrota existe um levantar, existe uma vitória as histórias são vivivdas para serem contadas.
Sei que cada ser humano carrega sua dor, sua luta suas prórpias dificuldades, cada um carrega o peso que pode suportar, ador de cada um e maior do que alheia por que é a sua própria dor portanto não tente diminuir o peso da sua cruz pois o pedaço que cortar pode lhe fazer falta ao atravessar o rio seja forte.
Os dias atuais não nos permiti sofrer sem proposito.
Falta tempo, falta carinho, falta amor, falta luz então tranforme sua dor em algo positivo.
Nem sempre nossos melhores esforços atendem as nossas expectivas, por que deveriamos cobrar aplausos, dos espectadores, parabéns e orgulho dos pais, congratulações das esposas e maridos, sorrisos dos filhos, bonificações dos empregadores, mais dedicação dos alunos, maior compreensão dos professores; então deveriamos nos esforçar menos não vale a pena se esforçar para ser melhor?
Nada disso o Universo nos permite falhar, cometer erros e aprender a não nos subjulgarmos, devemos agradecer a aqueles que nos mostram que nossos melhores esforços não são o suficiente para sairmos do comodismo para mudarmos a nossa maneira de ver e pensar, de agir para QUE POSSAMOS REALMENTE CRESCER ! nos tornando mais forte.
Não importa a maneira que caimos mas sim como nos levantamos!

sábado, 5 de dezembro de 2009

já me esqueci....


já nem lembro quando foi a primeira vez que essa dor me tomou de assalto, talvez foi na infancia entre 5 e 10 anos de idade desde lá lá venho tendo essas crises agudas de dor, de perda de remorso, sei lá por que sei lá onde deixei a auto estima.
Sempre buscando ser mais amado do que sou capaz de amar enfim o que pode fazer além de seguir em frente.

de esquecer de desaprender a sofrer, gostaria que alguem me ensinasse