quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
O MELRO *1
Canta, melro, canta
O canto é a essência da existência.
Pudesse ser como tu
Livre das correntes e dos cárceres!
Pudesse ser como tu,
Um espírito que esvoaça no céu do vale,
Bebendo a luz como vinho,
Numa taça de éter.
Pudesse ser como tu,
Puro conformado e satisfeito,
Indiferente ao que virá,
Esquecido do que se foi.
Pudesse ser como tu,
Abrindo as asas ao vento,
Para serem adornadas pelo orvalho.
Pudesse ser como tu,
Um pensamento vagando acima das colunas,
Vertendo seu canto
Entre a floresta e o céu.
Canta, melro, canta
Para atenuar minhas tristezas.
Em tua voz há uma melodia
Que penetra até o ouvido de meu ouvido.
*1 Este e outros poemas que fazem parte deste livro foram traduzidos com a colaboração do poeta Joseph I. Cury.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário