Ó filhos de minha mãe, se Suad regressar
E indagar sobre este apaixonado melancólico,
Contai-lhe que os longos dias de asusência ,
Apagaram no meu coração aquele fogo,
Deixando só cinzas onde havia chamas,
E consolação onde havia sofrimento.
Se ela se irritar não vos irriteis;
E se sorrir, não estranheis:
Assim são todos os enamorados.
Ai de mim seria possivel retornar o passado?
Ou voltarem os amigos queridos?
Ou acordar minha alma do seu sono
Para mostrar-me a face do meu passado pavoroso?
Escutaria setembro as melodias da primavera,
Tendo as folhas do outono amontoadas sobre ele?
Não. Não há ressureição para meu coração,
Assim como nunca florescerá a madeira do ataúde.
Nem a mão do jardineiro devolverá a vida ás flores,
Após havê-las decepado com a foice.
Meu espírito envelhecceu dentro do meu corpo,
E nada mais vê além das sombras dos anos.
Quando os desejos despertam dentro de mim,
É sobre a bengala de minha paciência que se apoiam.
Minhas esperanças se curvam e avelhentaram
Antes de eu ter alcançado a casa dos quarenta.
Este é o meu estado.
Se minha amada perguntar de que mal foi acometido,
Dizei-lhe: " De demência ".
E se acaso, indagar se meu mal é curável,
Respondei-lhe: "A morte cura-rá."
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